Enviada em: 06/07/2019

Os Estados de Roraima, Pará e Amazonas presenciaram em seus últimos dois anos, o aumento de 3000 % de sua população imigrante venezuelana, tendo a maioria se acomodado em baixo de pontes, árvores, ao longo de ruas e estradas. Com o aumento crescente de sua população de rua, o caos se instaurou nas cidades devido à fome, violência e incidência de doenças. Em meio a tantos problemas, questões sobre pobreza extrema, ausência de moradia e direitos humanos ganham grande destaque na mídia e no dia a dia de seus habitantes.      Os moradores, sejam nativos ou imigrantes, das ruas de nosso país enfrentam o ciclo da pobreza extrema, onde não possuem qualificação profissional, sendo impossibilitados de ingressar no mercado de trabalho formal, conseguir o seu sustento e moradia. Devido à falta de atendimento médico e do sistema de vacinas, as doenças se espalham rapidamente entre sua população, ainda com fome e sem bens, muitas vezes procuram em atos ilícitos, a maneira de se sustentar o mínimo possível. No entanto, a maioria busca objetos de sucata para revenda, tornando o Brasil, um dos maiores recicladores mundiais, apesar do grande feito, seus motivos são sombrios.     Ao Ministério da Saúde, cabe o abastecimento de medicamentos, vacinas e principalmente, mais profissionais da saúde, inclusive os de orientação, como psicólogos e psiquiatras. A intensificação da fiscalização dos menores de idade em escolas, devendo ser acompanhados por conselheiros tutelares, diminuiria o trabalho infantil, que muitas vezes a população de rua precisa enfrentar.           Cursos administrados em centros de qualificação profissional aos moradores de rua, acompanhados ainda de orientação sexual e ao uso de entorpecentes, diminuiriam boa parte dos problemas lhes acometidos. Ao MEC e ao Ministério da Saúde, cabem muitas de tais responsabilidades, para que um dia esses seres humanos tenham os seus direitos básicos garantidos e possam se reintegrar ao sistema.