Enviada em: 07/07/2019

O abandono não é uma solução       Na obra do consagrado autor brasileiro Jorge Amado de 1937, é retratada a vida de um grupo de menores abandonados, que crescem nas ruas de Salvador, Bahia, vivendo em um trapiche, denominados "Capitães da Areia". Esse é um problema atemporal no Brasil, de modo que é comum encontrar pessoas em situação de rua no país. Todavia, essa realidade apresenta uma grande problemática, seja pela falta de oportunidade de emprego formal para esses indivíduos terem chances de mudarem sua realidade, seja pelo preconceito conferido a eles.       Em primeira análise, pode-se considerar os dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que afirma que existem atualmente, cerca de cem mil pessoas em situação de rua no Brasil e sua maioria é composta de homens em idade ativa, consequentemente, a falta dessa força de trabalho capacitado e condições de vida insalubres que fazem com que o Brasil receba menores notas de IDH (Índice de desenvolvimento Humano).       Em segunda análise, tem-se a questão do preconceito vivenciado por essa parcela da população, ademais, de acordo o filósofo polonês Zygmunt Bauman, a sociedade atual defini-se pelas relações e comportamentos rápidos e fluidos, assim como a falta de empatia e comprometimento que o governo e sociedade tem para com esses indivíduos, acarretando assim mais dificuldades  e acesso à programas de acolhimento a esse público.       Dado o exposto, para que as consequências apresentadas sejam restringidas até seu parcial ou completo desaparecimento, faz-se necessário que as três esferas do governo e ministérios trabalhem em conjunto para oferecer condições de trabalho formal e educação à essa parcela da população, de modo a promover um nova perspectiva de vida a esses cidadãos, pois segundo Paulo Freire é através de uma educação libertadora que uma sociedade bem estruturada se concretiza. Concomitantemente promova palestras e cursos para toda a sociedade, visando diminuir o preconceito para com esse grupo de pessoas. marginalizadas