Minoria é um grupo de pessoas afetadas pela chamada vulnerabilidade social ou seja, não tem pleno acesso aos seus direitos. A crise socioeconômica em que se encontra o Brasil ao longo dos últimos anos, tem feito aumentar as populações em situação de rua. Apesar de a Constituição garantir a igualdade a todos os cidadãos, a alguns são negados os direitos mais básicos, como moradia, segurança e dignidade. A questão da moradia é um dos reflexos da exclusão social, em que parte da população não possui renda suficiente para pagar o aluguel de uma residência e, muito menos, comprar uma casa. Conforme estimativa realizada pelo IPEA em 2016, existem cerca de 101.854 pessoas vivendo em situação de rua no Brasil. Além de aspectos econômicos, indivíduos utilizam as ruas como moradia por consequência de violência doméstica, ausência de vínculos familiares, uso de drogas, doença mental, etc. Poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Para essas pessoas, viver nas ruas tem sido sinônimo de conviver com a violência diária que se dá de variadas formas: violência física e psicológica impostas pela exclusão social, intervenções violentas por parte de policiais ou de fiscais, remoções arbitrárias ou recolhimento de pertences, negligência no atendimento, ausência de políticas públicas. O Brasil registrou ao menos 17.386 casos de violência contra moradores de rua de 2015 a 2017, segundo o Ministério da Saúde. Eles são vítimas de descaso, da discriminação, do preconceito e do desprezo que resultam, em muitos casos, em tentativas de homicídio, e ainda nas violações realizadas por agentes públicos no exercício de suas funções. Um dos casos que explicita o desrespeito à população de rua no Brasil é a chacina, que ocorreu em 2015 no Estado de São Paulo quando dez pessoas foram atacadas enquanto dormiam. Tendo em consequência esses fatos é necessário tomar providências para que a situação dos moradores de rua não seja alarmante. Considerando os aspectos mencionados, fica evidente a necessidade de medidas para reverter a situação, as escolas devem abordar o tema intolerância nas salas de aulas, por meio das disciplinas de história, sociologia e filosofia, discutindo questões éticas e sociológicas, com vista a combater o preconceito. Só então seremos uma sociedade que promove a igualdade de direitos a todos.