Enviada em: 18/07/2019

Na literatura do romantismo indianista, notoriamente representado por José de Alencar, o Brasil é retratado como um país perfeito, ideal para se viver. Entretanto, ao analisar a situação, é visto que é somente herança literária, uma vez que muitos brasileiros moram nas ruas. Nesse cenário, dois motivos são pertinentes: o desemprego e o desinteresse do Estado por essas pessoas.     É evidente que o desemprego esteja entre as causas do problema. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, o Brasil possui 13,1 milhões de desempregados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, o surgimento da população de rua é um dos reflexos do desemprego, que cada dia atinge uma quantidade maior de pessoas que não se enquadram no modelo atual econômico, o qual exige uma qualificação profissional, embora essas seja inacessível a todos.    De acordo com Jean-Jacques Rousseau, filósofo francês, cabe ao Estado garantir e melhorar a condição do homem em sociedade, no entanto, no Brasil, tal fato não ocorre. Em primeira mão, o país possui 101 mil moradores de rua, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Nesse contexto, o desinteresse do Estado influencia diretamente o comportamento da sociedade, haja vista que o desabrigados são tratados com preconceito, repressão, violência e indiferença.    Dessarte, é necessário solucionar a situação precária daqueles que vivem nas ruas brasileiras. Para tal, é essencial que o Ministério do Trabalho amplifique os recursos e expanda o Programa Nacional Social, a fim de inserir essas pessoas no mundo do trabalho, ressignificando sua identidade social com trabalho decente e renda. Ademais, cabe ao Ministério da Educação (MEC) instituir em escolas e universidades, palestras ministradas por especialistas, que incentivem o apoio à fraternidade a essas pessoas, para que o preconceito e indiferença desapareça. Assim, o Brasil poderá caminhar rumo a perfeição da literatura romântica indianista.