Enviada em: 22/08/2019

A palavra "minoria", em um contexto social,não se refere a um número menor de pessoas, à sua quantidade, mas sim a uma desvantagem social. A Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à moradia e ao bem-estar. Porém, a população em situação de rua no Brasil,como minoria,não desfruta desse direito na prática. Nessa perspectiva, convém analisarmos as causas e consequências de tal problemática.  Em primeiro lugar,é importante destacar que, há inúmeros motivos pelos quais existem indivíduos em situação de rua no Brasil.No entanto, mais de 30% da população de rua é fruto de problemas com drogas e álcool que, por sua vez, são utilizados como "fuga" de situações como desemprego, desavenças familiares, dentre outros. Segundo George Simmel, sociólogo alemão, os habitantes de uma cidade (havendo exceções), por exemplo, agem de forma indiferente em relação à presença de pessoas em situação de rua. Simmel nomeia essa "indiferença" como "atitude de reserva",onde os estímulos externos são conscientemente ignorados.Dessa forma, é evidente que, muito mais que políticas públicas, é necessária a conscientização social.    Por conseguinte, a invisibilidade social, mencionada no parágrafo anterior pode, além de outros diversos problemas, ocasionar doenças mentais e sofrimento psicológico, agravando potencialmente os desafios enfrentados pela minoria. No documentário "eu existo", disponível no "Youtube", pessoas em situação de rua foram entrevistadas e havia relatos de como as políticas para o grupo são ineficazes - tornando o contexto nacional ainda mais excludente. Diante disso, os brasileiros são cada vez menos estimulados a questionar o não cumprimento dos direitos básicos da população em situação de rua, ratificando o estudo de Simmel.      Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Dessa forma, urge que o Ministério dos Direitos Humanos crie, por meio de verbas governamentais, campanhas midiáticas de exposição dos direitos do grupo e incentivo ao trabalho voluntário, além de criar uma rede nacional de acolhimento, sugerindo à população brasileira uma nova forma de ver a pessoa em situação de rua: dignamente. Somente assim, será possível cumprir o que consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos e, ademais, tornar visível a necessidade das minorias no país.