Enviada em: 30/07/2019

As grandes navegações do século XV proporcionaram o surgimento do metalismo, que posteriormente provocou o surgimento do capitalismo primitivo, o mercantilismo. Hodiernamente, infelizmente, esse sistema socioeconômico capitalista objetifica o homem a ponto de pessoas em situação de rua, no Brasil, serem ignoradas, desrespeitadas e negligenciadas, isso pela falta de empatia, uma vez que o ser humano se transformou em uma peça substituível na busca do lucro. Logo, é necessário implementar medidas urgentes para combater essa realidade.        Nesse sentido, em análise do contexto retromencionado da população em situação de rua no Brasil, dados do Ministério do Desenvolvimento Social mostram que cerca de 36% das pessoas se encontram em situação de rua por motivos relacionados ao uso de drogas e 30% por desemprego. Desse modo, esses dados evidenciam que essa situação é provocada pela falta de infraestrutura governamental e pela falta de políticas públicas nos âmbitos da saúde e do emprego. Sendo assim, combater esse déficit governamental é combater essa situação de negligência em que essas pessoas encontram e é promover a inclusão das mesmas.        Outrossim, é valido ressaltar que, conforme Immanuel Kant, o principio da ética é agir de forma que essa ação possa ser uma prática universal. De maneira análoga, o desrespeito e a segregação de pessoas em situação de rua no Brasil vão de encontro à ética kantiana, como é visto, principalmente, nos grandes centros urbanos em que essas pessoas são tratadas como objetos invisíveis por grande parte da população, que prefere não ver essa situação e manter distância, isso porque a falta de empatia perpetua na sociedade brasileira. Com base nisso, o desrespeito e a negligência, seja da sociedade com sua falta de empatia, ou seja pelo governo com seu déficit governamental, é prejudicial à ordem social e, por conseguinte, faz-se imprescindível, portanto, a dissolução dessa conjuntura.          Em suma, fica claro que é necessário implementar medidas para solucionar esse impasse. Dessa forma, ainda seguindo a linha de pensamento do filósofo Immanuel Kant em que “o ser humano não é nada além daquilo que e a educação faz dele”, assim, caberá ao MEC (Ministério da Educação) efetuar palestras e campanhas instrucionais, em escolas, nas mídias tradicionais e nas digitais, ministradas por psicólogos e psicopedagogos, com o fito de conscientizar a população que as pessoas em situação de rua são pessoas normais que merecem o respeito, a empatia e a ajuda de todos. Ademais, as instituições governamentais devem aplicar políticas públicas que garantam suporte, como oportunidade de trabalho, moradia e capacitação profissional a essas pessoas que são negligenciadas pelo próprio sistema, para combater essa realidade.