Enviada em: 14/10/2019

Homens livres, maiores de 21 anos, atenienses filhos de pais também atenienses. Esses eram as exigências para ser um cidadão na Grécia antiga, considerada o berço da civilização ocidental. Já no Brasil o dinheiro, a condição social e o poder de compra são os requisitos para se tornar visível socialmente, e assim, se tornar cidadão portador de diretos e condições de vida essenciais ao ser humano.      A invisibilização social da população em situação de rua é a exclusão do indivíduo perante o status de cidadão, que o impede de ascender socioeconomicamente. Como citou o escritor e psicólogo Fernando Braga da Costa em seu livro “Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social”: " Sentir-se invisível atordoa. O que brota da percepção de não aparecer para os outros é a sensação de existirmos como coisa, um esvaziamento."    Essa invisibilização promove a estagnação do indivíduo na situação em que está e o impede de se inserir na sociedade como cidadão e usufruir de direitos inerentes ao ser humano, tal como o saneamento básico.     Portanto, cabe ao poder executivo promover planos de governo que vise a inserção de moradores de rua na sociedade, visando a qualificação dessas pessoas, oferecendo aulas e cursos de capacitação. E cabe ao corpo legislativo, por meio de incentivos fiscais, propor a contratação de pessoas em situação de rua, por grandes empresas.