Enviada em: 03/10/2017

Um novo olhar sobre a impunidade e sua participação no ciclo da violência A prática de justiça com as próprias mãos, tornou-se cada vez mais comum em nosso país. Mesmo não sendo uma atitude racional, ela é vista como um meio de garanti a sobrevivência coletiva, por mais nobres que sejam seus objetivos, 'manter a segurança de seus semelhantes', suas práticas são questionáveis quando a violência resultante é justamente contra um semelhante, outro ser humano. A prática é consequência da insatisfação popular para com a ineficácia do Estados em medidas de proteção, garantida através da aplicação prática da punição contra o infrator. E de segurança, garantida através das práticas preventivas da criminalidade. Essa ineficácia chamada impunidade é um ato de violência do Estado contra a população, tenha ela transgredido as normas legais, ou não. Uma vez que ambos os grupos estão sobre sua tutela, em liberdade ou privados dela. Visando reduzir tal prática, o Estado deve adotar novas medidas, que atuem não apenas na eficácia de suas ações punitivas, como também o torne mais eficaz na prevenção de novos casos.  Dentre as medidas preventivas, que de modo ideal atuariam sobre os cidadãos ainda na mais tenra idade, o ensino das leis constitucionais e discussão sobre os direitos humanos e cidadania, formariam cidadãos mais conscientes de seus direitos individuais e deveres coletivos, atuando sobre os jovens que cada vez mais cedo ingressam na criminalidade. Também poderiam ser implementadas melhores medidas de reintegração nos presídios, trabalhos com retorno visível a sociedade anteriormente agredida pelo infrator, com a participação ativa da população garantindo assim debates que levassem a compreensão mutua dos direitos de ambos. A medida ainda representa prevenção de reincidência através de novas oportunidades de emprego e geração de renda.