A cultura da violência Relativo à prática da justiça com as próprias mãos no Brasil, é válido salientar que isso ocorre devido a dois fatores: ineficácia do Estado na aplicação das leis e a própria cultura de violência que está enraizada na sociedade. A inoperância do poder público está exposta de diversas formas. Seja ela no abandono as populações carentes ou na lentidão do judiciário, que segundo dados divulgados pelo jornal El País, divulgados neste ano, mais de 30% dos presidiários ainda aguardam por um julgamento. Dessa forma, onde a atuação do Estado é falha abre brechas para que as pessoas busquem cumprir um papel que não é destinado a elas. Na grande maioria das vezes que isso acontece, a violência é a forma de punição adotada. Além disso, a sociedade brasileira tem bases muito violentas, devido a séculos de falta de atenção do Governo. Como eram os coronéis, que usavam de truculência para alienar a população, ou os bicheiros e traficantes que dominam também sob através dessa forma zonas pobres de diversas cidades. Sendo assim, a população teve que se formar ao longo dos séculos XIX e XX através da violência, e isso se reflete nos dias atuais, como dizeres muito propagados pelas pessoas, como "bandido bom é bandido morto". É necessário, portanto, que ONG's (organizações não-governamentais) militantes contra a violência, possam agir de duas formas: Primeiramente, devem pressionar o Governo Federal para a realização de concursos públicos nas áreas jurídicas e policiais, para flexibilizar e expandir a atuação do poder público no país ,em segundo lugar, realizar campanhas através das redes sociais, para atingir o maior número de pessoas, transmitindo conteúdo que alerte contra a violência com as próprias mãos e divulgue a paz, tendo em vista diminuir a cultura de truculência que existe.