Definida como ato de vingança realizada por uma pessoa ou um grupo, com desejo de punição por determinado acontecimento, a justiça com as próprias mãos está cada vez mais presente no Brasil. Esse fenômeno apesar de ser considerado crime pela constituição, é recorrente na sociedade, acarretando diversas consequências para a população. Logo, torna-se essencial que medidas alterem esse quadro. Em primeiro lugar, para ampliar o conhecimento acerca desse assunto, ressalta-se os dados divulgados pelo Jornal Nexo, o qual apontam que cerca de 1 milhão de brasileiros nas últimas seis décadas já participaram de um linchamento. Esse fato pode ser explicado pela precária justiça aplicada no país, que, em muitos casos, não condena de forma eficaz o criminoso, causando, assim, a disseminação do sentimento na população de puni-los a sua maneira. Dessa forma, esse tipo de ações geram um retrocesso na sociedade, fazendo com que essa tenha um comportamento semelhante ao da idade média. Em segundo plano, é importante relatar uns dos posicionamentos políticos que recebem grande apoio pelos cidadãos, sendo: a legalização do porte de arma para todos. No entanto, apesar desse ato parecer benéfico para a população por promover condições de legítima defesa, pode causar vários assassinados devido ao uso do armamento para promover justiça ou vingança pela população. Consequentemente, esse fenômeno propaga a perpetuação da justiça realizada com as próprias mãos. Portanto, é de extrema relevância que ações sejam tomadas revertendo esse problema. Como é de responsabilidade do Estado promover uma mudança no sistema judiciário do país, através da alteração de leis que assegure o cumprimento das punições e não facilite a liberdade dos criminosos, dessa forma, com a eficácia da justiça brasileira os cidadãos não possuirão a necessidade de realizar vingança com as próprias mãos.