Enviada em: 07/10/2017

Durante os séculos, foram feitas diversas atrocidades em nome da justiça, como a prisão de judeus na época da Alemanha nazista. Nesse âmbito, a xenofobia era justificada pelo Partido Nazista, que instigava a população a também desumanizarem esse povo. Não obstante, consoante à Alemanha nazista, o descrédito da justiça e o descontentamento civil acarretam essa situação no Brasil hodierno.      A princípio, em todo Estado democrático, há a criação de uma legislação que ditará a legalidade das ocorrências do país. No Brasil, por exemplo, há, para as situações criminais, o Código Penal, criado com o intuito de catalogar os crimes e suas respectivas penas. Todavia, mesmo criado pelo Poder Legislativo, indicado pelo povo, esse livro jurídico deve ser utilizado, pelo Poder Judiciário, para punir infratores. Porém, essa tarefa é atrapalhada por jogos políticos, que visam benefícios ao invés da justiça. Desse modo, criminosos saem impunes e, por fim, o descrédito dessa instituição aumenta.      Concomitantemente ao aumento dessa impunidade, parte da população toma a justiça com as próprias mãos. Destarte, há a desestabilização da partição dos Três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - proposta pelo filósofo francês Montesquieu, que acreditava que só assim um país prosperaria e se manteria estável. Finalmente, os cidadãos se sentirão desamparados e, consequentemente, se sentirão no direito de se intitular investigador, promotor, juiz e algoz.      Fazem-se, à vista do exposto, necessárias medidas para acabar com essa injusta justiça. Para tanto, como a raiz desse problema é a corrupção, os governantes devem garantir e intensificar a existência de operações judiciais como a Operação Lava-Jato, que luta contra a corrupção governamental. Outrossim, deverá ser revisto a pena para esse crime, passando a ser, portanto, a suspensão perpétua dos direitos políticos dos corruptos e corruptores. Ademais, deve haver o acirramento da Justiça, garantindo que todos infratores, até mesmo aqueles que praticam a justiça com as próprias mãos, recebam suas devidas penas. Dessa maneira, a população não ficará desamparada e, logo, não pensará necessário julgar e punir o outro por si próprio.