Enviada em: 14/10/2017

Atualmente, cresceu entre a população brasileira o desejo de fazer justiças com as próprias mãos, situação esta que denota a pouca eficiência do sistema jurídico e um retrocesso social. Infelizmente o pensamento e a ação de fazer-se a própria justiça conduz a sociedade a um ciclo infinito de barbárie.           É compreensível que pessoas lesadas diariamente das mais variadas formas, como, por exemplo, trabalhos que inoportunam uma melhor qualidade de vida, seja pela pouca rentabilidade financeira e/ou pela exigência em tempo integral, pela má disponibilidade dos serviços públicos essenciais como saúde, educação e segurança, alimentem o desejo de agirem como justiceiras quando têm oportunidade, porque veem nesta ação uma maneira rápida e eficiente de supostamente eliminar um problema. Só que essa maneira de agir, que inclusive é fomentada nas redes sociais, demonstra a fragilidade de uma sociedade que não respeita os direitos humanos, e, por conseguinte, é abarrotada de processos burocráticos que emperram o judiciário e fortalece a impressão que não há consequências para os infratores de qualquer tipo.                      Se faz necessário um investimento no sistema judiciário para que se tenha pessoal o suficiente para agilizar os processos, e também, para torná-los mais eficientes. Concomitantemente é necessário a criação de uma cultura em e para os Direitos Humanos com a educação como cerne primordial mais parcerias midiáticas e apoio efetivo para as vítimas de infratores como maneira de aplacar a necessidade de vingança, disfarçada de justiça com as próprias mãos, mas que não resolve problema de ninguém e ainda perpetua a violência social.