Enviada em: 22/10/2017

É notório que, a prática  de justiça informal, próspera por falta de acesso  à  instância  formal. De um lado, instituições  de autoridades incapazes de resolver seus problemas. De outro, manifestações coletivas de linchamentos, cujas  motivações  conjugam a ideia de vingança.   É preciso frisar que, esses atos violentos acontecem mais em lugares onde o Estado está presente de forma precária. De certo, esse tipo de crime são praticados mais em contextos dominados pelo medo. Eventualmente, sente-se desprotegidos, e com a sensação  de impunidade. Logo, essa ''justiça'' é um atestado de falência  das instituições  que deveriam: proteger, mediar e regular esses tipos de conflitos sociais. '' É melhor  correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente'' Voltare.    Além disso, os assassinatos  ou ''tentativas'' não é algo aleatório. De fato, ele  atinge pessoas  que a sociedade já enxerga como eliminável. Trata-se de uma punição imediata, que não dá direito de defesa à vítima. Isto é, não segue os ritos dos processos legais, devido a lentidão dos processos judiciários. No entanto, quem o pratica  acredita está fazendo algo positivo para sociedade e dificilmente, se reconhece como culpado. '' o facto ou o ódio mudam a face da justiça'' pascal.     Em suma, o justiçamento é  um crime que muitos aceitam. ou seja, é definido como reação legitima da população. Dessa maneira, aqueles que faz uso dessa ideia de justiça, raramente são identificados ou punidos.  sua culpabilidade,  se dilui   dissipando o senso de autoria e responsabilidade. Assim sendo, se faz necessário  um processo de mudança de mentalidade e respeito ao estado democrático de direito.  Ademais, todos tem direitos a ampla defesa, ao contraditório para que  a justiça se estabeleça. O código penal brasileiro, precisa tipificar o linchamento, com uma pena dura compatível com o ato delituoso  praticado.