Talvez, um dos maiores dilemas atuais do Brasil seja a prática da justiça com as próprias mãos, tendo em vista a precária educação fornecida pelo governo e o sistema prisional defasado. Parte da população tem se revoltado com a impunidade, cobrando do Estado mais rigidez nas punições. Afinal, o que deve-se fazer para evitar o julgamento particular dos revoltosos? De início, é importante pontuar, que a barbárie aplicada pelo povo é causada pela ineficácia do sistema educacional brasileiro, por isso tem se formado pessoas, cada vez menos humanizadas. A convivência entre alunos é reduzida, pois são poucas as escolas em tempo integral. Tendo apenas um turno, será possível apenas aprender a matéria de forma teórica e sem alimentar a convivência entre o grupo de jovens. De acordo com o filósofo Pitágoras : " Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens ", com isso, um maior debate sobre o funcionamento dos colégios se faz necessário. A impunidade tem gerado revoltas, pois o crime tem compensado, porque se vê através das leis brasileiras muitas brechas das quais são possíveis tirar interpretações distintas, e com isso muitos que poderiam estar presos, na verdade, estão soltos, sem passar por uma reeducação antes de serem reinseridos na sociedade livre. Essa educação, que deveria ocorrer no presídio seria para fazer o indivíduo aprender a conviver em harmonia na sociedade e também desenvolver formas de serviços para sustentar-se, afim de sobreviver sem o mundo do crime. Contudo,o que há são cadeias precárias,e o indivíduo voltando a cometer novos delitos, com isso corre o risco de revoltados fazerem a "justiça com as próprias mãos". Dessa forma, fica clara a necessidade de escola em tempo integral com o turno oposto capaz de fazer os estudantes a conviverem praticando esportes e fazendo atividades em grupo. É necessário também uma reforma no sistema penitenciário, fazendo o preso desenvolver novas formas de sobreviver fora da cadeia. Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre a violência é sempre uma derrota, então não importa como se manifesta ou em quem é usada. Assim ter-se-há um Brasil melhor.