Enviada em: 27/10/2017

A prática da justiça com as próprias mãos no Brasil vem crescendo juntamente com o desrespeito aos direitos humanos e a ineficiência das punições. Junto ao aumento da criminalidade provinda de uma enorme ineficácia do estado em punir devidamente os criminosos, surge uma sensação de vulnerabilidade por parte da população, e estas, motivadas pelo medo, se comportam de maneira intolerante e violenta. Por isso, cabe ao governo e sociedade se unirem para garantirem que a justiça seja feita de forma imparcial, responsável e baseada nas leis e normas vigentes.   De um lado, a percepção de que o Estado não é capaz de prover segurança e justiça. Há uma percepção difusa de uma parte da população de que a impunidade dá a sensação de medo, aumento da criminalidade e a população se vê vulnerável. Então, há a percepção de que o Estado é ausente e ineficiente. Além disso, há uma cultura de desrespeito aos direitos humanos. Posto isto, se vive em um país em que há uma cultura de resolução de conflito por meio do emprego da violência.    Além disso, o alto grau de intolerância leva algumas pessoas a querer fazer justiça com as próprias mãos. Dessa maneira, como as pessoas estão com o estopim extremamente curto e a tolerância está realmente muito baixa, elas não estão conseguindo lidar com mais perdas e com tanta situação de incapacidade do Estado de atuar. E as pessoas estão atuando de maneira errada e agressiva.   Diante dos fatos expostos, cabe ao governo e sociedade se unirem para garantirem que a justiça seja feita de forma imparcial, responsável e baseada nas leis e normas vigentes. Fica a cargo do governo garantir justiça à população, como promulgado na Constituição Federal de 1988, julgando e punindo devidamente de acordo com a legislação em vigor. Além disso, se faz necessário que a sociedade tenha o papel de instruir e conscientizar, através de ONG's e programas sociais o papel dos moradores em denunciar e repassar violações das leis aos respectivos responsáveis.