Enviada em: 19/01/2018

O estado natural do homem é a guerra, só podendo alcançar a paz ao renunciar suas liberdades à um poder maior, afirma o filósofo Thomas Hobbes. Entretanto, por consequência da fraca punição presente no Brasil, as ocorrências da prática de justiça com as próprias mãos aumentam a cada ano. Sendo necessário, portanto, reformas em cargos governamentais do país e campanhas sociais contra esse crime.     Embora a Constituição de 1988 - em sua legislação escrita - vise a segurança do cidadão brasileiro, muitos delitos ainda permanecem impunes diante da sociedade, repassando uma visão na qual o Poder Judiciário parece não funcionar. Esse fato, geralmente, aumenta o clima de ódio entre os indivíduos que, por fim, usam este método arcaico: o crime com as próprias mãos.    Não menos relevante, a precária divulgação da mídia contra esse assunto também tem sua culpa. A pouca circulação de dados desse tipo de violência acaba contribuindo com a sua proliferação, como comprova o assassinato em 2016, no Paraná, de um caminhoneiro acusado de abuso sexual e que foi pouco discutido pela mídia social. Isso prejudica, desse modo, o direito à informação das pessoas e o combate à esse ato.     Infere-se, portanto, que são necessárias medidas para combater a prática de justiça com as próprias mãos no Brasil. Dessa forma, o Governo, por meio do Administrativo, deve rever cargos de autoridades judiciárias, contratando profissionais novos e que seguirão a legislação com êxito, reafirmando o que T. Hobbes defendia. Além disso, a mídia, virtual e jornalística, deve aumentar a divulgação dos dados sobre esses crimes e, também, criar campanhas contra esse tipo de violência, possibilitando que os cidadãos possam denunciar as ocorrências.