Enviada em: 29/01/2018

Na Antiga Mesopotâmia, houve a criação do primeiro conjunto de leis escritas, Código de Hamurabi, o qual tinha como base a lei do Talião, cujo princípio era "olho por olho, dente por dente''. No Brasil hodierno, nota-se a crescente prática da justiça com as próprias mãos, sendo um processo análogo ao que a lei do Talião pregava. Nesse sentido convém analisar as causas dessa crescente prática brasileira, que são: um Estado omisso e a banalização da vida.       Em primeira análise, entende-se que um Estado é omisso quando falha ao não desempenhar suas funções como manter a justiça, a educação, a saúde e a ordem. No caso brasileiro, essa ausência estatal já perdura desde muitos anos na história do país. Por isso, observa-se, a saturação da população que, ao ver tantos crimes serem cometidos e não serem julgados de acordo com a constituição, se revolta e busca resolver a situação com o que está ao seu alcance, a violência. Embora, esse ato caracterize uma ação inconstitucional e nunca resolva de fato o problema das altas taxas de criminalidade.       Além desse problema Estatal, existe hoje a banalização do valor da vida de uma pessoa, pois a justiça acontece quando se julga alguém pelo ato cometido e não quando se julga a pessoa em sua totalidade por uma ação. Isso é o que acontece quando os atos violentos são direcionados às pessoas que cometem crimes e aquilo é o que o Poder Judiciário busca fazer. Entretanto, é indiscutível que há um deficit atual nas resoluções dos tribunais mas recorrer para a violência desmedida não é a melhor estratégia e está longe de ser uma solução       Portanto, diante do exposto, é necessário que o Poder Legislativo busque elaborar projetos de leis mais severos aos justiceiros, por meio de multas, com o objetivo de 'mexer no bolso' dos cidadãos para que a curto prazo seja evidenciada que essa prática não é a solução. Além, de maior investimento no Poder Judiciário, fazendo que ele seja mais eficiente e não faça a justiça com as próprias mãos o caminho que os cidadãos confiam.