Com a taxa de mortalidade equivalente a guerras civis, o pais tem se afundando em grande violência. Em meio a esse cenário catastrófico, o brasileiro tem se sentido desamparado pelas autoridades nacionais, crescendo, desta forma, casos de justiça pelas próprias mãos. A causa desta problemática está relacionada à insegurança e à naturalização da violência por grupos inconformados com esta situação. Para Thomas Hobbes, o estado tem a função de trazer a segurança aos homens, tirando-os do estado de guerra, que não necessariamente corresponde a um período de conflito direto, mas a momentos em que a insegurança se instaura na sociedade. No país, as autoridades públicas tem falhado neste aspecto, já que o país e considerado um dos mais violentos do mundo segundo a Organização das Nações Unidas. Outra motivação para a justiça com as próprias mãos, é a naturalização da violência através do conformismo social, que consiste na mudança inconsciente do ser por influência de terceiros. Com o constante bombardeio de informações feitos pelas mídias de casos de violência e terror ocorridos diariamente, as pessoas naturalizam esses fatos normalizando-se o anormal. Diante desta situação, mudanças urgentes têm de ser feitas, tal que reflitam na postura dos três poderes, sobretudo do Judiciário.A fim de transformar ideologicamente a raiz da violência na nossa sociedade. O Estado é o principal protagonista da questão relativa ao Judiciário, combrando-lhe uma postura imparcial, de forma que a população não se sinta injustiçada. A escola deve levar uma educação que promova a solidariedade. Pitágoras afirmava: "educai as crianças e não será preciso punir os homens", revelando a extrema importância de uma educação que traga a boa convivencia em sociedade. Por fim, é de suma importância a alteração da postura da mídia, trocando as noticias de horror que ocupam os horários nobres do dia, por outras que enaltecem as boas relações de convívio, e principalmente tragam fatos que enobrecem a vida.