Justiça ou barbárie? Nas últimas seis décadas, estima-se que um milhão de pessoas tenham participado de algum caso de linchamento no país. Este ato, entendido por muitos como "justiça" remete a antiga Babilônia, regida pela lei de talião - "olho por olho, dente por dente". Tal problemática se deve a vários fatores, entre eles, a morosidade por parte do judiciário e as falhas na segurança pública. Primeiramente faz-se necessário uma análise sobre o atual sistema judiciário brasileiro, tido como lento no julgamento de seus casos. O que gera na população um sentimento de impunidade, e faz com que esta busque por justiça através de seus próprios meios. Além disso, o aumento no índice de violência no Brasil, faz com que a população se sinta insegura e descrente nos órgãos responsáveis por manter a segurança pública. Em virtude dessa descrença tem surgido os "justiceiros", que assumem o papel da polícia e da justiça, o que além de não contribuir para ordem social, configura-se como uma prática ilegal. Diante disso, é necessário que a população fiscalize e reivindique dos governantes melhorias na área da segurança pública e no judiciário. Porém é importante que medidas punitivas sejam tomadas com os "justiceiros", já que sentenciar e penalizar compete somente as autoridades. Ainda mais é como diz o filósofo e poeta alemão, Friedrich Schiller - "violência sempre vai ser violência, mesmo que a ação pareça ser justa."