Enviada em: 05/02/2018

Vivemos em tempos de maior violência no mundo, certo? Errado. A prática de justiça com as próprias mãos é algo primordial e "mesopotâmico"; o primeiro código penal criado era conhecido pela Lei de Talião, na qual dizia: "Olho por olho, dente por dente", ou seja, a primeira forma de justiça conhecida era baseada no castigo do infrator e não no ato em que se envolvera. A prática de combater violência com violência perdurou milênios e está ligada de forma parasítica na sociedade brasileira.    Primeiramente, devemos nos atentar ao fato que de que Justiceiros parte de seus valores pessoais sobressaindo as leis do Estado. Não nos esqueçamos dos linchamentos ocorridos durante a política de apartheid na África. Deste  exemplo, podemos citar o caso da travesti Dandara, ocorrido em 2017 no Ceará, a mulher foi espancada até a morte por moradores de sua cidade, em um caso de extrema homofobia.     Certamente, a condenação de um pensamento sobre o outro através da força é presente nas terras tupi-niquins. Ademais, o Estado educa a sociedade de modo violento; a militarização da polícia durante o regime militar no Brasil é um "ferida exposta" que até hoje causa "infecções" na sociedade. Com intuito apenas de manter a ordem independente de direitos civis, a polícia militar é uma das que mais mata e a que mais morre no mundo.    Sob todo esse cenário, revela como vivemos em uma sociedade na qual aceita-se com naturalidade a cultura de matar e morrer. Junto a isso, o sentimento de ineficácia no sistema legislativo e judiciário, acentua ainda mais os casos de justiçamento. Os cidadãos veem uma brecha para executar o papel inoperável do Estado, e faz isso de maneira bárbara.     Diante dos fatos, medidas devem ser tomadas para amenizar essa problemática. Para isso, cabe ao Executivo a criação de novas leis com intuito educativo e não coercivo sobre o infrator, além do mais o governo deve  investir no orgão Judiciário para que toda a população seja coberta igualmente pela lei da Constituição que garante o direito a defesa na acusação. A mídia cabe o papel de criminalizar também os pseudo justiceiros que combatem crimes com mais crimes, não incentivando o ciclo do banho de sangue.