Enviada em: 31/01/2018

A justiça com as próprias mãos, de certa forma, está se tornando uma realidade cotidiana no Brasil. Há quem diga que a sociedade brasileira está retrocedendo, por parecer adotar valores antigos como aquele em destaque na Lei de Talião: "olho por olho, dente por dente".  Primordialmente, é essencial ressaltar a precariedade da ação do Estado no que diz respeito a proteção. A partir disso, a população sente a necessidade de agir por conta própria por não confiar nos órgãos de justiça. De acordo com a jornalista Rachel Sheherazade, "é na ausência de ordem que a barbárie se torna lei".  Paralelamente, deve-se entender que raramente os justiceiros são punidos ou procurados. Dados revelam que em 30 anos e 589 ocorrências de justiçamento, somente um suspeito foi julgado. Logo, os linchamentos praticamente são passados despercebidos, se tornando um crime aceitado e tolerado entre as pessoas.  Por conseguinte, com o fito de resolver o impasse, medidas são necessárias. A Mídia deve censurar reportagens sensacionalistas que possam legalizar tais práticas, demonstrando mais imparcialidade em seus veículos de noticiários. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, articulada aos três poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário), deve não só planejar, mas executar ações que promovam uma manutenção na segurança em ambientes onde esta esteja precária.