Enviada em: 16/08/2019

Meias-Verdades       A página de humor “Sensacionalista”, presente nas redes sociais Twitter e Facebook, é conhecida por suas notícias falsas e divertidas, alterando dados para se tornar engraçada. Entretanto, essa prática não é incomum entre os jornais “reais”, que modificam informações para atrair o público. Dessa forma, torna-se evidente a problemática do sensacionalismo no jornalismo brasileiro, responsável pela desinformação, por meio de notícias falsas e títulos irreais, facilitado pela globalização.        Em primeira análise, é mister que as manipulações informacionais são capazes de gerar as Fake News, propagadas como verdades absolutas. Com o advento da Revolução Técnico-Científico-Informacional, que ampliou a velocidade de transmissão de dados, por meio da globalização, percebeu-se o aumento da capacidade de difusão de conteúdo. Por conta disso, torna-se mais viável a propagação de notícias falsas, as meias-verdades, gerando erros e desinformação, danosa à compreensão e ao conhecimento. Dessa forma, é indubitável que a globalização contribui para a divulgação de notícias falsas, um reflexo do sensacionalismo.         Ademais, a utilização de títulos chamativos e irreais, prática denominada clickbait, é capaz de também desinformar os leitores, pela não abertura do conteúdo e consideração apenas daquela. Ao adotar-se a teoria da Modernidade Líquida, do sociólogo Zygmunt Bauman, que indica a volatilidade das relações e a despreocupação da sociedade hodierna, é notável que os leitores se contentam com o básico, sem necessidade de aprofundamento, o que torna seu conhecimento raso e muitas vezes inválido, já que existem alterações nesses títulos também. Portanto, é incontrovertível que o clickbait dificultam a transmissão de conhecimento, sendo esse uma das vertentes do sensacionalismo.        Destarte, devido ao supracitado, torna-se perceptível a necessidade de mudanças para reduzir o sensacionalismo no meio jornalístico no Brasil. Cabe ao Ministério das Comunicações, por meio de parceria com agências midiáticas e com o Ministério da Educação, conscientizar a população dos perigos das Fake News e dos clickbaits, pela realização de palestras em escolas e universidades, além de propagandas em rádio e televisão, com intuito de reduzir as visualizações e influência de tais ações, reduzindo a longo prazo a sua existência. Assim, então, será possível transformar o Brasil em um país mais justo e consciente.