Enviada em: 10/09/2019

O sociólogo Durkheim, postulou o termo “anomia social” para se referir ao estado de caos na sociedade, o qual se aplica à questão do sensacionalismo no jornalismo brasileiro. Nesse sentido, percebe-se que a busca por notoriedade traz agravantes para a população, pois, por vezes, corrobora para a disseminação de informações inverídicas. Ademais, vale ressaltar que esse tipo de conduta jornalística tem consequências como a manipulação social que pode levar a desordem. Por isso, é de suma importância que haja medidas para reverter essa situação.    Nesse contexto de jornalismo, é possível aludir ao documentário: "As manchetes que viram notícia", o qual exibe que o sensacionalismo e a leitura não aprofundada agrava a crise de “Fake News” e atrai um grande público, porque o uso de efeitos capazes de causar impacto e chocar a opinião pública tornaram-se rentável, e com isso, prejudica verdade dos fatos. Diante do exposto, percebe-se que as mídias estão em busca de conteúdo seja financeiramente rentável, assim, o sensacionalismo destoa os jornalistas da sua função, que é a de fornecer informação de maneira imparcial e clara, e colaborar com o esclarecimento social acerca de certo assunto. Logo, politicas punitivas mais rigorosas no que tange a distorção de informações são essenciais para mudar esse quadro social.    Ainda nesse viés de sensacionalismo, cabe salientar que os “holdings” jornalísticos, isto é, monopólio de emissoras sobre diversos meios de comunicação, que se aproveitam da polarização social a respeito de temas como politica, para lucrar com a cisão de pensamento popular. Haja vista, as emissoras, que, para atingirem seu público alvo, fomentam manchetes e reportagens que valorizem uma corrente de ideias em detrimento de outras. Dessa maneira, romantizam e afirmam positivamente assuntos bem vistos por seus espectadores e maldizem a oposição. Desse modo, recrudesce o extremismo social, posto que os temas são analisados por somente um aspecto, e assim, deslegitima o direito à liberdade de expressão e pensamento, intrínseco na Constituição Cidadã.