Enviada em: 01/09/2017

A xenofobia no Brasil é seletiva. Os brasileiros são extremamente receptivos e calorosos com imigrantes europeus e norte-americanos ao mesmo tempo que são hostis e xenofóbicos com aqueles que vem do oriente médio ou são muçulmanos.       Essa receptividade com os imigrantes europeus e norte-americanos é conhecida no mundo todo. Não é difícil encontrarmos relatos na internet desses imigrantes que se sentiram bem acolhidos pela população. Esse comportamento tem uma explicação histórica. A sociedade brasileira foi condicionada na colonização, na independência, durante a segunda guerra mundial e a guerra fria a pensar que tudo que é de origem norte-americana e europeia é, de alguma forma, especial.       Porém, esse tipo de pensamento é extremamente prejudicial para imigrantes de outras culturas e nacionalidades, principalmente para aqueles que tem origem muçulmana. Por conta dos ataques terroristas que grupos extremistas realizaram nos estados unidos no início dos anos 2000 e dos ataques recentes na Europa, muitos acabam associando erroneamente o terrorismo a todos os muçulmanos. Um exemplo desse tipo de preconceito aconteceu com Mohamed Ali no Rio de Janeiro. Ele estava trabalhando quando foi hostilizado por um brasileiro que pensou que ele era um terrorista.       Para que esse tipo de atitude xenofóbica diminua no Brasil, não basta informar aos brasileiros que ela é criminalizada no país, como o Ministério da Justiça está fazendo. É preciso que, junto com essa informação, a cultura dos imigrantes, que estão sendo hostilizados, seja exposta para a sociedade. Além disso, o Ministério da Educação pode inserir, no currículo da educação básica brasileira, disciplinas que tem como o objetivo mostrar aos alunos diferentes religiões e culturas mundiais. Com essas medidas será possível, então, criar um Brasil mais tolerante.