Enviada em: 02/09/2017

Em 22 de abril de 1500, com a chegada dos portugueses ao atual Estado da Bahia teve-se inicio a primeira grande imigração para as terras que mais tarde ficariam conhecidas como Brasil. A entrada desse povo junto a habitantes locais e outros futuros imigrantes deram origem a sociedade que hoje conhecemos como brasileira. No entanto, apesar da mistura de povos está presente em nossa história, junto a ela adentrou também o preconceito e discriminação no que se refere ao diferente.  O cenário mundial e nacional histórico e atual coopera para o aumento na xenofobia. Internacionalmente a crise sociopolítica estimula a polarização extrema das sociedades e aumentando a intolerância de todos os tipos. Ao mesmo tempo que nacionalmente a falta de conhecimento tanto de sua própria historia quanto a história de outras populações globais, devido à precariedade do sistema de estudo brasileiro, torna o cidadão propenso a demonstrações de violência física, verbal e psicológica para com pessoas de fora do país.  Mais de 500 anos após o estopim da formação do povo brasileiro com a chegada de Pedro Álvares Cabral e sua tropa nas terras previamente ocupadas por povos indígenas ainda somos capazes de observar as consequências da dominação portuguesa e seus esforços de apagamento e padronização cultural realizado aos nativos quando observamos o aumento, em um ano, de mais de 600% da aversão ao estrangeiro.  Devido a estrutura a qual a sociedade brasileira nasceu, torna-se necessário o trabalho desde a infância da inclusão do estudo de diferentes culturas e nacionalidades ao currículo escolar, trabalhando não apenas historicamente mas também sociologicamente a cultura e suas conectividades. Junto a transmissão de informações para aqueles que não possuem acesso à escolas por meio da disponibilização de espaço ao estrangeiro na mídia nacional, promovendo debates sobre a pluralização social bem como aplicações de punições jurídicas definidas pela lei que define os crimes resultantes de preconceito a procedência nacional.