Enviada em: 16/09/2017

No Brasil a xenofobia é considerada crime desde de 1997. No entanto, mesmo com a criminalização de tais atitudes, a prática de discursos de ódio e agressões (tanto físicas, quanto verbais) ainda são constantes entre a sociedade brasileira e imigrantes, principalmente refugiados. Partindo dessa premissa, é possível destacar o conjunto de fatores históricos e contemporâneos que contribuem para a atual questão da xenofobia no Brasil.      Referindo-se à história, durante o período da colonização do território brasileiro, o etnocentrismos português e a europeização foram bastante intensificados. Sendo impostos à sociedade através da superposição da cultura européia sobre a dos nativos, além do incentivo à vinda de imigrantes italianos e holandeses. Não obstante, quando referidos outros povos com culturas diferentes as dos colonizadores, a não aceitação era imediata, resultando em preconceitos e segregação. Consequentemente, influências desse período continuam transparecendo na atual sociedade, visto que as principais vítimas da xenofobia são refugiados e imigrantes de países subdesenvolvido.      Nesse contexto, no atual mundo contemporâneo, a posição de países notáveis em conjuntura mundial frente a questões da aceitação de imigrantes e refugiados é extremamente influente na opinião social. A política adotada por Donald Trump com relação aos imigrantes e a saída do Reino Unido da União Européia devido a divergências com a aceitação de refugiados fazem com que haja o surgimento de ideias negativas acerca da entrada de estrangeiros no país. As principais críticas são sobre o aumento do número de desempregados e  decadência da economia local. Dessa maneira, a perpetuação destas ideias errôneas eleva o índice de práticas xenofóbicas, tornando a permanência de estrangeiros no território  em risco.        Sendo assim, pode-se concluir que, para solucionar tal questão é necessário a atuação do Ministério da Educação e Cultura (Mec) e dos governos federais. De acordo com Immanuel Kant "O homem é aquilo que a educação faz dele", portanto, o Mec ficaria responsável por impor matérias obrigatórias a todas as escolas de ensino fundamental e médio que apresentem a importâncias cultural e social que imigrantes oriundos da África, Ásia e América Central trouxeram para o Brasil ao longo dos anos, para assim promover a conscientização acerca da importância de culturas não europeias. Ademais, o governo federal deveria promover a criação de um órgão especializado em garantir os direitos dos imigrantes e facilitar denúncias anônimas através de mecanismos online, para que dessa forma a assistência a vítimas de xenofobia seja mais rápida e eficiente.