Enviada em: 08/09/2017

A formação histórica-territorial do Brasil evidência a miscigenação de povos autóctones com europeus e africanos. A diversidade cultural, característica do país, associada à hospitalidade, torna-o um local apreciado por turistas de toda parte do mundo. Em virtude disso, é comum que o país seja destino de povos refugiados de outros países a procura de melhores condições de vida. Entretanto, muitos desses refugiados são tratados com hostilidade por uma minoria de brasileiros que desconhecem a motivação de tal migração, a violência e a miséria.       Com relação aos refugiados vindos de países que sofrem com guerra civil, como no caso da Síria, nota-se que estes são discriminados por pertencerem a uma cultura que, no entendimento popular, são vistos como “homens bombas”. Entretanto, essa percepção é equivocada. Esses refugiados buscam melhores condições de vida, questão prevista na constituição dos Direitos Humanos, o direito à vida. Dessa forma, a xenofobia pode ser tipificada como crime por quem o comete.     Ainda deve-se ressaltar, a questão migração em virtude de péssimas condições de vida, associada a miséria, como ocorre no Haiti. A falta de empregos nesse país, associado à tragédia ambiental ocorrida na primeira década do ano dois mil, os fazem buscar melhores condições no Brasil. Contudo, alegando protecionismo ao mercado de trabalho para os brasileiros, uma pequena parte da sociedade os tratam com aversão por serem estrangeiros e também por serem negros. Recentemente uma notícia televisionada pelo “Jornal Nacional” um crime ocorrido no polo têxtil de São Paulo, onde um grupo de imigrantes bolivianos foram queimados por motivações xenofóbicas.     Portanto, a questão da xenofobia no Brasil deve ser combatida com bastante rigor jurídico. Espera-se que a sociedade seja conscientizada através de palestras oferecidas pelo governo nas escolas e através de convocações populares. Faz-se necessário também, que a população denuncie crimes dessa natureza, utilizando o “disque cem”.