Enviada em: 08/09/2017

Com a atual crise de refugiados no mundo, a questão da xenofobia está sendo discutida arduamente. São inúmeros os casos de agressão contra refugiados de diversos países, sendo que no Brasil os principais registros dessa prática são contra haitianos e pessoas de origem árabe. Esse tipo de atitude está se tornando cada vez mais comum, mesmo sendo crime tipificado na lei e totalmente repudiável.       O Brasil é um grande bastião para refugiados de diversas nações que estão passando por crises humanitárias, principalmente o Haiti e mais recentemente a Venezuela, por ser o país com a mais fácil acessibilidade e melhores condições próximo deles. Ambos estão vivenciando crises econômicas e políticas que fazem muitos indivíduos buscarem refúgio em outros países até que a situação melhore. Porém, esse grande número de pessoas vindo de tais nacionalidades faz com que muitos brasileiros achem que esses imigrantes possam "roubar" vagas de emprego, que estão escassas devido à crise econômica pela qual passa o país, gerando ódio e intolerância por parte desses indivíduos.       Contudo, casos de xenofobia não se limitam apenas a haitianos e venezuelanos. Já foram registrados diversos casos de violência contra sírios e pessoas de origem árabe, que foram taxadas de terroristas e de homens-bomba. Isso se deve a islamofobia gerada pelos inúmeros casos de ataques terroristas por muçulmanos em todo o mundo, o que faz com que muitos indivíduos associem o terrorismo ao Islamismo, afomentando a intolerância contra muçulmanos.       Além disso, estamos observando um grande aumento no número de casos de xenofobia no Brasil, sendo que entre 2014 e 2015 houve um aumento de 633%, segundo denúncias recebidas pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. Um dos casos de xenofobia mais recentes foi o de um sírio que vive no Brasil há 3 anos. Ele foi hostilizado e sofreu agressão verbal em Copacabana, onde trabalha como vendedor.       Com isso, é preciso que órgão governamentais como o MEC e o Ministério da Cultura criem campanhas de conscientização que, com a divulgação da mídia, façam o público em geral desconstruir a ideia de que imigrantes possam "tomar" empregos para si, o que é um mito, e que existe uma enorme diferença entre um terrorista e um muçulmano ou árabe, pois ambos não possuem nenhum tipo de relação. Assim, as pessoas deixariam de lado esse pensamento preconceituoso e começariam a acolher melhor esses refugiados, que passaram por situações muito difíceis e estão aqui para tentar encontrar uma esperança de uma vida melhor.