Enviada em: 08/09/2017

Desde o fim da escravidão no Brasil o número de imigrantes cresceu exponencialmente devido a oferta de emprego. Entretanto, muitos desses imigrantes trabalhavam em condições precárias e eram alvo de xenofobismo como se estivessem “roubando” o emprego dos brasileiros. Nesse contexto, a questão da xenofobia no Brasil se perpetua por dois aspectos: pelo contexto histórico, como também por ausência de políticas públicas.    Primordialmente, a raiz do preconceito contra estrangeiros é arcaica. Nesse sentido, desde o governo de Getúlio Vargas, com a criação de leis contra a propagação dos costumes estrangeiros afim de enaltecer a pátria brasileira e valorizar o nacionalismo, já era possível identificar traços xenofóbicos. Além do mais, a marcha contra a lei de migração ocorrida neste ano em São Paulo- lei essa que regula e favorece os imigrantes no país- tinha como objetivo protestar contra essas políticas. Logo, o xenofobismo é antigo na sociedade e seus reflexos permanecem até hoje.     Ademais, a ausência de preparação profissional deixa o Brasil longe de vencer o xenofobismo. O Canadá é exemplo em investimento e recepção de imigrantes fornecendo cursos e abrindo as “portas” do país para estudantes. Outrossim, de acordo com Gilberto Dimenstein, a democracia brasileira funciona apenas na teoria, isto é, toda lei que defenda os imigrantes permanece apenas no papel e não na prática.    É necessário, portanto, investimentos para que ações em prol dos imigrantes não permaneça apenas na teoria. Nesse viés, é dever da escola desenvolver palestras com líderes imigrantes com o intuito de conscientizar os alunos sobre a importância de respeitar e receber os estrangeiros para que a xenofobia possa ser extinguida da sociedade. Ainda mais, o Estado deve promover parcerias com empresas e Ongs, por intermédio do auxílio monetário financiar oficinas de capacitação profissional e inclusão no mercado de trabalho.