Enviada em: 07/10/2017

No limiar do século XXI, a xenofobia é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é conhecido por sua grande miscigenação e facilidade de acolhimento. Por outro, as minorias que se distanciam do convencional se afundam, cada vez mais, em abismos cavados, diariamente, por opressores intolerantes.      Contemporâneo dos movimentos sociais, o filósofo Jean-Paul Sartre afirmou que a violência, independente de como se manifesta, é sempre uma derrota. Segundo dados divulgados pelo Disque 100, o número de denúncias de xenofobia no Brasil cresceu mais de 600% no ano de 2015, sendo que nem 1% dos casos chegam a justiça. Apesar de já existir uma lei que condene os praticantes do crime, o  movimento  ainda é inverso. A xenofobia é um tipo de crime praticamente invisível aos olhos dos juristas.    Contudo, muitos problemas dificultam a resolução da questão. É válido ressaltar a recorrente luta dos estrangeiros que vivem no país contra sobrevivência, além de terem o preconceito como inimigo sofrem também com seus direitos sociais negados. Com um difícil acesso ao ensino da língua portuguesa uma barreira é formada, dificultando o acesso o mercado de trabalho e consequentemente a uma qualidade de vida no país. Ademais, nesse contexto, a atuação não efetiva dos órgãos públicos possui papel importantíssimo no agravamento da questão.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Immanuel Kant disse " O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Logo, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional, que vise a contemplar estrangeiros com aulas de língua portuguesa e introdução a cultura brasileira, a fim de possibilitar uma integração e inserção na sociedade. Outrossim, o Ministério do Desenvolvimento Social deve assegurar e dar assistência na saúde, educação, segurança, entre outros, a todos os cidadãos presentes no país, com o objetivo de honrar o Artigo 5º Constituição Federal.