Enviada em: 26/09/2017

Quitando o saldo da história brasileira   "Saia do meu país". Essa foi a frase de um carioca proferida contra um imigrante árabe Mohamed Ali enquanto vendia esfihas em Copacabana.Esse episódio confirmou, consequentemente a construção histórico- social do Brasil, feita por povos que foram dizimados e nunca ressaltados na história como protagonistas. Dessa forma, a xenofobia persiste no Brasil por  causa de raízes históricas e do papel ineficiente do Poder Jurídico.   Em um primeiro plano, a população brasileira possui origem tupiniquim e afrodescendente. Todavia, os portugueses com base no etnocentrismo catequizaram os índios e escravizaram os africanos por causa da cor da pele. Desse modo, mesmo com a miscigenação dos povos, o país obteve a visão eurocêntrica que torna ele próprio agente e vítima de seus próprios problemas. E confirma o que o filósofo Thomas Hobbes afirmava, que o homem é o lobo do próprio homem.   Convém lembrar também, que apesar da época da colonização repercutir até a contemporaneidade, a justiça brasileira não se faz presente. Conforme a revista Carta Capital, as denúncias de discriminação contra estrangeiros aumentou ao longo dos anos. Contudo, apesar de haver uma Lei, nada é feito contra essas pessoas que utilizam o discurso do ódio como argumento.   Torna-se evidente, portanto, que à longo prazo por meio de medidas é possível acabar com essa discriminação. Logo, o Ministério da Educação, juntamente às Ongs educativas, deve implementar no currículo escolar de escolas públicas e privadas o ensino sobre a valorização da comunidade indígena e a história dos africanos. Urge, também, que o Poder Jurídico, exerça sua autoridade e fiscalização por intermédio da Lei para punir os xenofóbicos. Dessa maneira, de acordo com o ativista Mahatma Guandi, o futuro dependerá de atos perpetrados no presente.