Enviada em: 02/10/2017

Um Brasil de todos e para todos       O número de imigrantes que deram entrada no Brasil aumentou consideravelmente nos últimos anos, sendo a maioria de haitianos, seguidos por outros provenientes dos países do Mercosul, além de chineses e portugueses. Historicamente, o Brasil foi constituído por imigrantes, e a população brasileira sempre viu com bons olhos a imigração. Entretanto, o aumento no número de refugiados tem elevado o número de ocorrências de comportamentos xenofóbicos, sobretudo com aqueles oriundos de países subdesenvolvidos, que chegam em condições precárias, demandando atendimento para suas necessidades básicas.       O número de muçulmanos no Brasil também duplicou nos últimos dez anos. E, por medo dos fundamentalistas islâmicos com seus crescentes episódios de terrorismo no mundo, estes lideram os preconceitos sofridos, além de serem constantemente monitorados pela Polícia Federal. Aliás, o medo da crise econômica, da desnacionalização e de ataques terroristas são as principais justificativas dadas pelos xenófobos.       Além das devidas punições segundo o teor da lei, o combate à xenofobia deve passar por desconstruir tais justificativas. O Departamento de Migração tem papel fundamental no controle e monitoramento para acolhimento do refugiado no país. E os dados do trabalho devem ser divulgados com transparência. O Governo Federal, através de parcerias com a indústria, também poderá estimular a economia e abrir novas frentes de trabalho em áreas estratégicas no território nacional para refugiados.        No Brasil, definitivamente não há espaço para xenofobia. O próprio posicionamento como país de democracia consolidada, com uma sociedade culturalmente diversificada e mais tolerante, o coloca em destaque quando comparado aos países europeus e EUA, que possuem políticas mais agressivas contra a imigração. A Lei de Migração, sancionada pelo atual presidente em maio deste ano, garante acolhida humanitária, repúdio à xenofobia e igualdade de tratamento aos imigrantes.