Enviada em: 27/06/2018

No século XVIII, houve o apogeu do Iluminismo na França. Esse movimento reivindicava maior liberdade para os indivíduos. Influenciados por essa ideologia, vários países americanos, inclusive o Brasil, obtiveram independência. Um dos principais filósofos do período, John Locke, pregava: " Todo ser humano detém a propriedade de si mesmo e sobre esta ninguém pode ter qualquer direito". Transferindo essa ideia para a questão do aborto no Brasil, muitas pessoas estão sem automia para deliberar sobre questões que as atingem. Nessa perspectiva, é urgente discutir a legalização do aborto e apontar os reflexos nos âmbitos da economia bem como da saúde publica.     Em primeiro lugar, destaca-se o maior aproveitamento do dinheiro público com  a legalização do aborto. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB), cerca de 20% das mulheres abortarão ilegalmente durante a sua vida reprodutiva. Na maioria das vezes, essas cirurgias invasivas ocorrem em clínicas clandestinas com pessoas inaptas para a realização do procedimento. Em decorrência disso, aproximadamente 94% dessas mulheres sofrem de complicações pós-operatório conforme reportagem do "site" do Doutor Drauzio Varella. Resultado disso, as vítimas buscam o serviço público de saúde que, em muitos casos, ficam internadas dias para a recuperação.    O segundo ponto e mais importante motivo para a legalização incondicional do aborto até a 12ª semana de gestação é a manutenção da vida da mulher. É inegável que a cirurgia e o pós-operatório acompanhados de profissionais adequados minimizam o sofrimento da vítima e da família. Prova disso, é a redução de 100% no número de óbitos maternos no Uruguai em quatro anos, após a Lei de Despenalização do Aborto. Portanto, é necessário regularizar judicialmente o aborto até o quarto mês de gestação para oferecer um tratamento digno às mulheres e para o poder publico economizar recursos.        Com a finalidade de ratificar a proposta de legalização do aborto e conscientizar a população sobre o tema, cabe ao Senado Federal aprovar o projeto de lei que descriminaliza a pratica do aborto. Ademais, é função das associações de psicólogos criarem canais de comunicação especializados no amparo psicológico da mulher semelhante  com o Centro de Valorização da Vida (CVV). Paralelamente a isso, é dever das universidades, públicas e privadas, promover palestras a fim de discutir o assunto como saúde pública e a necessidade da colaboração da família e do progenitor da criança. Isso deve ser feito em linguagem clara e,se possível, gravado para postagem nas redes sociais.