Enviada em: 27/06/2018

Sabe-se que a legalização do aborto tem sido tema de recorrente debate na sociedade. Nesse ano de 2018, países como Argentina e Irlanda realizaram votações para a regulamentação de tal prática. A questão do aborto no Brasil se tornou um problema de saúde pública, visto que segundo a Pesquisa Nacional do Aborto em conjunto com a UnB, mostrou que 20% das mulheres terão feito ao menos um aborto ilegal na sua vida reprodutiva.    A princípio, mulheres, em sua maioria jovens, têm procurado clínicas de aborto clandestinas, sendo que no Brasil, só é permito o aborto em casos de estupro, risco de saúde ou morte à gestante e em casos de anencefalia. Em razão disso, a OMS registou mais de 47 mil mortes por ano de mulheres, decorrentes do procedimento abortivo. Exemplos como esse trazem a opção da legalização do aborto como medida paliativa para o problema que afeta principalmente jovens de baixa renda. E seria uma medida de último caso, como afirma a antropóloga Débora Diniz.   Por outro lado, há uma barreira no ensino da educação sexual nas escolas, como também por parte da família, o que faz com que jovens tenham sexo desprotegidos, sem nenhum método contraceptivo. Tais jovens buscam informações na internet, e acabam se deparando com sites pornográficos, tendo uma visão de sexo como algo hedônico, sem pensar nas consequências. O que faz com que recorram ao aborto, muita das vezes em clínicas clandestinas, como solução para a gravidez indesejada.    É evidente que no Brasil precisa ser discutido amplamente o aborto, em escolas do ensino fundamental ao médio. Instruindo os mais jovens sobre métodos contraceptivos, trazendo profissionais da área de saúde para palestras e oficinas voltadas para a educação sexual. Assim como, os pais têm papel importante na vida sexual de seus filhos, conscientizando-os das consequências do sexo desprotegido. Órgãos públicos de saúde com propagandas em rede nacional e o Ministério da Educação implementando matérias sobre sexualidade nas escolas, têm grande impacto social.