Direito à vida? De quem? A legalização do aborto no Brasil é um dos temas que causam grande polêmica entre a população, pois o mesmo está relacionado não só ao Estado e às mulheres, como também à todos que vivem na mesma sociedade e que podem vir a impedir a tomada de decisão por questões religiosas e pessoais. Essa questão deve ser analisada com extrema atenção pois, no Brasil, o número de mulheres que recorrem às clínicas clandestinas e que se automedicam com drogas abortivas é imenso e que pode ter grandes consequências à saúde da mulher e do feto caso a tentativa não tenha sucesso e levar à morte da mesma. A decisão de legalização é uma medida voltada à saúde pública que deve fornecer assistência médica, oferecendo programas de prevenção nas escolas pelo Ministério da Saúde e da Educação, juntamente à Secretaria de Nacional de Políticas para Mulheres (SPM), promovendo atividades nas escolas e atendimento adequado no SUS para prevenção de gravidez à fim de erradicar esse transtorno. Para mulheres que optarem pela interrupção da gestação, deve-se oferecer assistência médica e psicológica adequada gratuitamente antes e depois do procedimento, assim podendo aumentar a desistência e também o aborto seguro para às que decidiram fazer essa interrupção, seja por possíveis complicações no parto, no feto, más condições financeiras e qualquer outro motivo.