Enviada em: 07/07/2018

O aumento da participação feminina e a introdução das tecnologias tornaram a propagação da discussão sobre o aborto por todo mundo. Legal por quase toda Europa e America Do Norte, o aborto ainda é uma pauta delicada no Brasil pois a discussão é defendida por muitas mulheres. No entanto, apesar de ilegal, possui milhares de mulheres adeptas a legalização e um número ainda maior desta prática na ilegitimidade, frisando a necessidade de reversão deste quadro. O direito de abortar, prioritariamente, deve ser pensado como a garantia da mulher escolher para sua vida se quer ou não a gravidez e principalmente se tem condições emocionais ou financeiras para criar a criança. A parte disso, vária teorias comprovam que alguns anos após a legalização do aborto o crime caiu consideravelmente pois as mulheres pobres, vítimas de estupro, criminosas e até mesmo aquelas sem condição financeira escolheram interromper a gravidez para não perpetuar em seus filhos um quadro de vida as quais elas mesmas não se alegrassem, fato exposto em um famoso livro chamado Freakonomics de Steven Levitt. Como resultado da ilegalidade foram comprovados pela PNA( Pesquisa Nacional do Aborto) 517 mil abortamentos em 2015, tornando esta prática um comércio clandestino e precário pois as clínicas cobram preços absurdos para realizar este procedimento, e que consequentemente obrigam mulheres pobres a utilizarem se de métodos caseiros perigosos que muitas vezes as debilitam e, de acordo com o jornal Estadão, quatro mulheres morrem por dia devido à estas complicações. Desse modo, surge a necessidade da legalização do aborto no Brasil pois assim se pode garantir, além da autonomia física da mulher, condições dignas para esta prática. Para isso, o Ministério de Saúde deve preparar em cada hospital regional uma ala par que conte com psicólogos para orientar a mulher antes do procedimento assim como médicos para realiza-lo. Na sociedade, cabe a mídia frisar o aborto como uma prática que garante a vontade e o bem estar das mulheres, sem obriga-las ou fazer apologia.