Enviada em: 04/08/2018

Sob a perspectiva de Zigmunt Bauman, a sociedade atual vem se desfazendo, ou seja, o antigo modelo sólido está dando espaço para uma modernidade líquida e fluída, interessada no próprio bem-estar social. Esse panorama contribui na questão do aborto no Brasil, visto que as mulheres, hodiernamente, preocupam-se mais com o particular conforto, não averiguando o homicídio que cometem ao praticar o aborto.   Convém ressaltar, a princípio, que tal ação é ilegal no Brasil, exceto em casos de estupros ou riscos para a vida da mulher. Contudo, segundo pesquisas feitas pela agência brasileira, em todas as famílias brasileiras há ao menos uma pessoa que já fez aborto. Por conseguinte, sabe-se que esse ato é realizado de forma clandestina e nem sempre obtém-se sucesso nele. Logo, quando isso ocorre, a criança tem grandes chances de nascer com alguma deficiência e, por vezes, acabam sendo abandonadas pela mãe. Isso denota a liquidez, postulada por Bauman, pois essas mulheres não estão se comprometendo com a vida, mas sim, com a própria comodidade.   Outro aspecto relevante é a falta de perspectiva de vida, que muitas mães têm ao cogitar colocar um indivíduo no mundo, devido as más condições vigentes. Todavia, existem contraceptivos, mas boa parcela da população  não tem fácil acesso a eles, e são justamente essas mulheres que fazem crescer a taxa de natalidade do pais.    Fica claro, portanto, a interposição do Estado e de seus adjacentes. Assim, é fundamental que o Governo, junto com o Ministério da Saúde e da Educação, intensifique a fiscalização nos hospitais, a fim de punir instituições que aprovarem o aborto. Além disso, a criação de palestras, nas escolas, é de suma importância para mostrar as crianças que tal prática é crime, além de ser um modelo, disfarçado, de homicídio que, por consequência, impedi o desenvolvimento de um futuro cidadão. Dessarte, essa questão não será mais um contratempo.