Enviada em: 13/08/2018

No documentário brasileiro''Clandestinas'',lançado no dia da luta pela discriminação do aborto no ano de 2014,está obra evidencia um panorama da situação das mulheres que fazem aborto ilegalmente no país.Diante dessa realidade,é imprescindível discutir a legalização do aborto e apontar os reflexos na sociedade e a omissão do governo com a problemática atualmente.                                                             A princípio,é preciso analisar o descaso da população com a questão do aborto no país.Segundo o filósofo Jonh Looke,"Todo ser humano detém a propriedade de si mesmo e sobre esta ninguém pode ter qualquer direito''.Transferindo essa ideia para o aborto,muitos indivíduos estão sem autonomia para deliberar sobre as questões que as atingem,pois uma conjuntura de consequências culturais na saúde pública e da mulher tais como,o preconceito e a exclusão, demostram um país restrito a um movimento contemporâneo e revolucionário.Logo,o aumento pela busca de clínicas clandestinas para a realização do aborto,fazendo-se necessário como um ''meio alternativo'' para o procedimento,colocando em risco a  vida do paciente,que de acordo com os dados do Instituto de Bioética,1 em cada 5 mulheres abortam ilegalmente no Brasil,morrem.                                                                                                                         Paralelamente,faz-se necessário atentar para a omissão do governo na questão do aborto no país.Segundo a pesquisa da Universidade de Brasília(UnB),relatam que cerca de 20% das mulheres já abortarão ilegalmente durante sua vida reprodutiva.De acordo com o Código Penal Brasileiro,artigo 128 e 124,o aborto só é praticado se for o único meio de salvar a gestante ou um resultado de estupro,se não terá pena de detenção de até 3 anos de prisão.Na prática,porém,nota-se o fracasso das autoridades competentes em promover a eficiência da lei,de modo que o aumento no número de abortos,a disponibilidade de clínicas clandestinas para o procedimento e a falta de fiscalização são fatores que cooperam com o crescimento de mortes pós-operatório e a falta de políticas públicas para o combate da problemática no país.                                                                                                                      Diante desse quadro,é inegável a necessidade de maior desempenho do governo com a questão do aborto no país.A fim de atenuar o problema,o Poder Legislativo e o Ministério da Saúde devem promover a descriminalização do aborto e considera-lo um problema de saúde pública,proporcionando a abertura de clínicas especializadas que ofereça suporte físico e psicológico através de profissionais capacitados como médicos,psicólogos e assistentes sociais que ajudem as mulheres que desejam interromper a gravidez e com o aumento de fiscalizações em locais ilegais ,assim finalmente gera-se um impacto catalisador na qualidade de vida desses indivíduos.