Enviada em: 13/08/2018

A questão do aborto no Brasil é bastante polêmica e produz debates calorosos sobre o futuro de tal ação. Devendo levar em consideração que o aborto, que é ilegal no Brasil, exceto em alguns casos, vem trazendo consigo uma bagagem negativa em que milhares de mulheres estão morrendo durante o procedimento em clínicas clandestinas. Além disso, a morosidade de reação do Estado perante tal situação, agrava ainda mais a problemática, a qual uma parte da sociedade quer a legalização e a outra parte não aceita essa ideia.      É perceptível que à saúde pública tem suas falhas, assim como em outros setores que fundamenta-se a organização do Estado. Dessa forma, a morte de milhares de mulheres por causa de procedimentos clandestinos de aborto, trata-se, não somente, de um problema de saúde pública, mas também do Estado como um todo, que não fornece o aparato e a facilidade para que o aborto ocorra de forma mais segura. Ademais, a sociedade deve cobrar do Estado a segurança para suas vidas, assim como mostra as ideias contratualistas de John Locke, o qual o Estado deve cuidar de seus subordinados, impondo-lhes a ordem e a segurança pra viverem bem.    Em conformidade ao exposto, a sociedade também deve auxiliar o Estado em relação a tal problemática, pois não deve existir uma confusão entre legalizar o aborto, com transformar a prática em algo trivial. Dessa modo, a sociedade deve continuar com seus métodos contraceptivos e atentar ao aborto somente quando não houver mais soluções cabíveis. Em contrapartida, países que legalizaram o aborto sem restrição alguma, geralmente os desenvolvidos, tem a mortandade menor de mulheres, pois a engrenagem Estado e sociedade funciona de forma harmoniosa, pois levam em condição à vida da mulher, independente do motivo que a levou ao aborto.     Portanto, medidas que resolvam a problemática do aborto no Brasil devem ser feitas de imediato, pois vidas dependem disso. Dessa forma, o Estado deve ser mais permissivo em relação ao aborto, ao abranger as situações para a realização do aborto que, atualmente, no Brasil, é quando a mãe está em risco de vida ou ocorreu estupro, para que com isso diminua a busca por clínicas clandestinas e a mortandade durante o processo também decresça. Ademais, a sociedade deve buscar o amadurecimento a cerca do assunto, pois legalizar o aborto não é torna-lo vulgar ou algo do cotidiano, para que quando houver a legalização não exista um surto exponencial de abortos no Brasil.