Enviada em: 26/06/2019

Diferente de alguns países sul-americanos, o Brasil ainda mantém como crime o aborto, quando não há risco para a mãe ou em caso de estupro. Porém, mesmo sendo punível por lei, ele acontece e em clínicas clandestinas. E por acontecer, foi encaminhado um pedido, ao Supremo Tribunal Federal, para a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.       O Brasil por ser ex-colônia de Portugal, um país altamente conservador e católico, carrega heranças religiosas fortes, que interferem quando há discussões como essas. Mesmo que de acordo com a 2ª edição da Pesquisa Nacional do Aborto, 81% dos casos, as mulheres são cristãs.        Então, a discussão deveria sair do âmbito religioso e ir para o social. Onde seria relevante fazer uma pesquisa sobre o porquê das mulheres escolherem o aborto, sendo que há outro caminho, a adoção. E mesmo que o pedido seja aceito pelo STF, o Brasil apenas não liberaria o aborto para a população, seria preciso um conjunto de profissionais para lidar com o assunto junto à mãe, como um acompanhamento psicológico. Além de um treinamento para os profissionais que se encarregariam desses casos nos hospitais.        Logo, deveria se pensar também na questão econômica juntamente com a social, pois, seria mais um procedimento caro para o sistema de saúde brasileiro, já muito desgastado, realizar. Mas a longo prazo, seria mesmo um valor alto para se realizar? Pois, caso seja uma mãe que não possui condições, além da psicológica mas financeira também, ela seria auxiliada por projetos sociais do governo, que gera um gasto adicional a, muito, longo prazo.       Portanto, o assunto sobre o aborto no país, deveria ser amparado por pesquisas feitas com aquelas mulheres que desejam abortar e passar a entender o motivo. Os cursos de psicologia e medicina das Universidades Públicas poderiam selecionar grupos de mulheres ao longo do território para que seja feita a pesquisa e auxilie no processo de descriminalização.