A bioética é uma parte da Filosofia cuja função é refletir sobre a vida humana e a influência da ciência. Dentre seus assuntos, o aborto é um deles, tema que divide opinião no Brasil. Todavia, a legislação do país deve continuar sendo a mesma perante ao aborto, uma vez que ele não deve ser usado como método contraceptivo, além da saúde pública do país ser precária. Em primeiro lugar, a legislação brasileira autoriza o aborto em caso específicos, como na questão do estupro, e deve continuar assim, posto que tal prática é perigosa para ser popularizada. Em vista disso, nota-se que a legalização do aborto acarretaria uma atenuação dos métodos contraceptivos tradicionais, já que a prática legalizada poderia ser utilizada em caso de gravidez não desejada. Logo, o aborto não deve ser autorizado em qualquer situação, uma vez que é um método que contém riscos e, por isso, não deve ser generalizado. Outrossim, a saúde pública brasileira não tem estrutura suficiente a fim de atender um grande número de pedidos de aborto. Por esse lado, consoante dados estatísticos do Datafolha, cerca de quarenta e sete por cento da população aguarda por volta de seis meses para ser atendida pelo SUS( Sistema Único de Saúde). Sendo assim, sem uma logística eficiente e ágil de saúde, não é possível legalizar o aborto, porque, caso contrário, ocorreria muitas eventualidades. Fica evidente, portanto, que o aborto não deve ser legalizado, já que ele é um método perigoso e o Brasil não tem estrutura para atender uma grande demanda. Não obstante, é necessário desenvolver a saúde pública para melhorar o atendimento dos casos autorizados. A fim de tal objetivo, é necessário que o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Saúde, crie centros especializados na gestação. Sendo assim, terá hospitais só para atender mulheres grávidas e esses locais também terão o aparato legislativo para averiguar a autorização do aborto. Logo, haverá unidades especializadas no aborto, fato que agilizaria e tornaria o processo menos perigoso.