Enviada em: 24/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o caso interropimento da gravidez, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país, seja pelo fato de ser um tabu, seja pelos ideais religiosos. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.      É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja a alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil o aborto existe para as que podem pagar já as mulheres sobretudo as pobres morrem nas clinicas clandestinas, logo a comunidade rompe essa harmonia, observando mais uma vez a sociedade criminalizando a mulher pobre.       Outrossim, destaca-se que nos casos de estrupo, feto anencefálico e risco de morte já são legalizados, e se torna impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que é uma questão de saúde pública e direitos de escolha sendo tratados como crime quando se pratica tal.     É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor, Destarte, o governo deve implementar leis promovendo a legalização do aborto, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo, Logo, o ministério da educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam combate ao tabu a respeito, já que a luta pelos direitos da mulher ainda não acabou, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.