Enviada em: 01/09/2018

No Brasil, o aborto é  considerado crime contra a vida, circunstância que sempre causa polêmica no campo da política e da sociedade, principalmente sob a visão da garantia dos direitos das mulheres. Por ser ilegal e feito de maneira clandestina, o procedimento é umas das principais causas de mortalidade materna.      A princípio, desde a colonização, o aborto é crime no Brasil, pelo fato de, na época, estar regido pelas leis portuguesas, conjuntura que até os dias atuais houve poucas mudanças, como as ressalvas garantidas pelo código penal de 1990, onde em casos de estupro, risco de morte para a mãe, ou se o feto for diagnosticado com anencefalia, doença causada pela má formação do cérebro. Nessas condições, o aborto pode ser realizado, caso a mulher decida fazer ou não.      Como resultado, Segundo o site Jornal Pernambucano há cerca de 15 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) por complicações decorrentes de abortos realizados de maneira ilegal. Dessa forma, mostrando que as mulheres que optam por fazer o aborto, na maioria das vezes, são pobres, com baixo nível de escolaridade, vítimas de um país onde é notório a desigualdade social, a falta de informação e exibindo o quanto as mulheres são sujeitas à leis onde ela não pode ser dona de si, não pode ser dona do próprio corpo.      Dessa maneira, O Ministério da Saúde em conjunto com o Legislativo brasileiro, deveriam disponibilizar suporte às mulheres que decidem interromper a gestação, com a legalização do aborto, capacitação de médicos para realizar o procedimento, uma melhor educação e uma melhor distribuição de renda, assim fazendo com que elas não se sujeitem a tais circunstâncias.