Enviada em: 28/08/2018

A organização mundial da saúde (OMS), estima que mais de 70 mil mulheres morrem todos os anos decorrentes de abortos clandestinos, sendo essa a quinta maior causa de mortes femininas no espaço geográfico brasileiro. Isso ocorre, porque apesar de a Carta Magna postulada em 1988, garantir no seu 1° artigo a dignidade a pessoa humana, ela também priva as mulheres de um direito: a escolha de não morrer em uma clínica qualquer. Por esta razão são necessárias mudanças no quadro.    Em primeiro lugar está a desinformação na população nacional ,a qual acredita que a descriminalização do aborto, aumentaria ainda mais a prática , entretanto acontece exatamente o contrário. Em países como o Uruguai por exemplo, a liberação juntamente como medidas socioeducativas fizeram com que o numero caísse quase pela metade em relação quando era proibido. Adjunto está a crença de que a vida tem início a partir da concepção, no entanto inexiste tal consenso entre os especialistas.     Ademais é preciso relembrar a base patriarcal e cristã do país, que embora na teoria seja Laico, exercem indubitável influencia na sociedade contemporânea; assim se comprova no dado estatístico do IBGE, no qual mostra que mais de 60% dos brasileiros são contrários a descriminalização. Além disso a forte oposição das bancadas cristãs no Congresso Nacional, dificultam aprovação de qualquer lei a favor do público feminino.    Logo, defronte ao exposto fica inconcebível que as crenças e o patriarcalismo continuem a ceifar a vida de milhares de mulheres todos os anos. Dessa forma faz necessário a aprovação do STF no projeto que visa descriminalizar a interrupção da gravidez até a 12° semana. Por conseguinte apenas a liberação não basta é preciso que o Poder Legislativo torne obrigatório a educação sexual nas escolas, para que os jovens possam ser instruídos a escolhas pensadas e sejam livres de qualquer preconceito. Porque só desse jeito será possível garantia a vida e a dignidade de todos os cidadãos brasileiros.