Enviada em: 06/09/2018

O aborto é a escolha de fazer a retirada do feto quando a mulher não julga a gestação como a melhor opção. Com essa prática ilegal no Brasil, exceto em casos de estupros, a divisão de opiniões acerca deste tema fomenta uma grande discussão que, apesar de necessária, revela uma quantidade absurdas de mulheres adeptas a essa corrente e um número maior ainda destas práticas na ilegalidade. “Abortar” essa ideia ou não?  Influenciadas pela corrente feminista que ganhou força na década de 60, a parcela de mulheres que defendem a legalização do aborto no Brasil afirmam que a sua liberdade individual esta sendo ameaçada quando uma lei as proíbe de fazer com seu corpo o que bem entendem. Em contrapartida, a sociedade machista apoiando a proibição e a presença de grupos religiosos que consideram a prática pecaminosa na política do país,  acaba interferindo em decisões que não cabem à religião.  Apesar de ilegalidade do aborto no brasil, os 517 mil comprovados, pela Pesquisa Nacional do Aborto no Brasil em 2015, atestam que não é uma pratica rara. Dado que explica a existência de clínicas clandestinas que cobram preços absurdos para realizar este procedimento, e que consequentemente obrigam mulheres pobres a utilizarem-se de métodos caseiros perigosos ou clínicas de péssima qualidade e acabam em hospitais públicos com hemorragias graves, e de acordo com a OMS(Organização Mundial de Saúde), nos países onde o aborto não é legalizado, 47 mil mulheres tendem a ter complicações e podem vir a óbito.  Em suma, é necessária a mudança deste quadro no Brasil. Para isso, o Poder Legislativo deve realizar um plebiscito entre as mulheres afim de consultar a opinião destas a cerca da legalização da prática,  amenizando a interferência do patriarcalismo na decisão, e por meio destes dados levar a permanência da lei ou revogá-la. Além disso, o Ministério da Saúde deve implementar, por meio das secretárias municipais, programas que assistam melhor mulheres que tiveram complicação ao abortar, contratando psicólogos para acolhê-las e conscientizá-las.