Enviada em: 09/10/2018

O documentário brasileiro "Clandestinas", publicado em 2014, conta a história de mulheres que já realizaram aborto por diferentes motivos e relata como esse efeito é uma realidade no país. Sabendo disso, é imprescindível que o aborto seja descriminalizado, pois pesquisas já realizadas mostram os resultados promissores adquiridos, como a diminuição da mortalidade feminina. Vale ressaltar também, que a base matriarcal e cristã do país atrapalham o processo de descriminalização.   Em primeiro plano, a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que mais de 70 mil mulheres morrem todos os anos decorrentes de abortos clandestinos, sendo essa a quinta maior causa de morte feminina no Brasil. Por conseguinte, tal estimativa será decrescida , pois, em países que o aborto é legal em qualquer situação, a taxa de mortalidade diminuiu drasticamente. Nesse caso, é de suma importância a descriminalização atreladas a medidas socioeducativas.   Ademais, é preciso relembrar a base patriarcal e cristã do país, que embora na teoria seja baixa, exercem indubitável influência na sociedade atual. Assim, se comprova um dado estatístico do IBGE, no qual mostra que mais de 60% dos brasileiros são contrários a descriminalização. Além disso, a forte oposição das bancadas cristãs no Congresso Nacional, dificultam a aprovação de qualquer lei a favor do público feminino.   Sendo assim, diante de tudo que foi exposto, fica inconcebível que as crenças  e o patriarcalismo continuem a ceifar a vida de milhares de mulheres de todos os anos. Dessa forma, faz necessário a aprovação do STF no projeto que visa descriminalizar o aborto ate a 12ª semana de gravidez. Por sua vez, apenas a liberação não basta, é preciso que o Poder Legislativo torne obrigatório a educação sexual nas escolas, para que os jovens possam ser instruídos e sejam livres de qualquer preconceito. Porque dessa maneira será possível a garantia do viver bem, como dizia Platão.