A história do aborto, segundo a Antropologia, inicia na Antiguidade.Historicamente,provocava-se o aborto, utilizando diversos métodos, como ervas abortivas. Atualmente, no Brasil, entretanto, o aborto induzido é ilegal salvo algumas exceções, assim, percebe-se uma problemática em torno dessa questão, uma vez que a possibilidade de legalizar esse ato encontra várias opiniões e empecilhos divergentes. Nesse contexto, é válido destacar que apesar de ilegal, vários são os casos de aborto induzido no Brasil,segundo o IBGE cerca de 9 milhões de brasileiras já realizaram ao menos um aborto. Porém, muito destes são feitos em locais insalubres que conferem riscos à saúde da mulher, isso por sua vez é uma consequência da legislação, que por considerar o aborto ilegal, acaba impedindo a melhora de clínicas que realizem tais procedimentos médicos. Ademais, é fato que a liberdade de escolha deve estar presente na vida das pessoas, no caso de uma gestante as escolhas dela interferem no feto, porém, evitar o nascimento de uma criança que poderia sofrer maus tratos ou ter uma vida indigna por não ser desejada, a partir do aborto, poderia evitar muito sofrimento para a mesma. Assim, trazer uma outra perspectiva para a sociedade sobre o aborto é de suma importância,afinal,segundo Durkheim "O fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar". Dessa forma, o poder Legislativo poderia descriminalizar o aborto até a 12° semana sem nenhuma restrição, realizando paralelamente a isso campanhas de conscientização, a partir da divulgação na mídia, a respeito do aborto não como um método contraceptivo, mas como uma escolha séria, que envolve questões sociais,médicas,religiosas e econômicas. Assim, será possível reduzir as complicações médicos pós aborto e solucionar problemas sociais como abandono de menores, constituindo uma sociedade melhor para os brasileiros.