Enviada em: 04/11/2017

Empatia Desde do inicio dos tempos o aborto vem acontecendo, mesmo que seja realizado de forma oculta em diferentes épocas. Na Grécia Antiga, métodos contraceptivos e abortivos eram comuns e de conhecimento publico. Para Platão, o feto não era considerado um ser humano e somete apos o seu nascimento que se tornava um ser vivente. Isso legitimava e tornava o aborto aceitável perante a sociedade, seja qual fosse a razão para que o aborto se realizasse. Contudo, na época atual tratar sobre o aborto é um tabu, que deixou de ser uma questão moral ou ética, e passou a ser um problema de saúde publica e deveria ser tratado como tal. Como dizia Martin Luther King, "Aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos". A Constituição Federal de 1988 afirma que o Estado é Laico, apesar disso sua laicidade não é preservada quando opiniões e dogmas religiosos ultrapassam o âmbito do pessoal e do privado e entram no âmbito jurídico, impondo sua verdade como absoluta, esquecendo milhares de brasileiras que todos os anos recorrem a clinicas ilegais ou praticas abortivas perigosas por não se sentirem preparadas psicologicamente, emocionalmente e financeiramente a serem mães. De modo que a realidade do aborto sempre existirá, não é o Código Penal que vai proibir uma mulher de fazer ou não o aborto, mas ele pode permitir que ela o faça em segurança, para a mesma não vire mais uma nas estatísticas que foram mortas em decorrência ao aborto clandestino. Seria a vida do feto mais importante do que da mãe? Não, a vida de ambos é importante, de maneira que mãe tenha escolha total sobre o seu corpo e futuro podendo escolher quando quiser conceber uma criança. É incoerente justificar a proibição do aborto como uma lei a favor do nascituro, quando sabemos que o aborto ilegal é a quarta causa mais comum de mortalidade feminina.   A fim de que esse dilema seja resolvido, praticas publicas devem ser adotadas como a criação de cartilhas explicando sobre métodos contraceptivos, de forma a facilitar e promover a decisão voluntaria a maternidade, sendo amplamente divulgadas nas escolas e hospitais com o auxiliar das SEDUC's e do SUS, caso ainda decidam pelo aborto devem ser consultas por ginecologistas, psicólogos e assistentes sociais de modo que possam tomar a melhor decisão pra si. A legalização do aborto não é uma lei que incentiva o aborto e sim uma lei que promove uma reflexão a vida, uma das principais causas para se recorrer ao aborto é o simples e puro medo do futuro.  Países como o Uruguai onde o aborto é legalizado, o índice de desistências