Enviada em: 19/11/2017

Valores morais invertidos - uma discussão sobre o direito do feto       O aborto é um tema polêmico que divide a opinião pública no Brasil. Aqueles que o defendem argumentam que é o exercício de liberdade da mulher com relação ao seu corpo e uma forma de evitar óbitos por conta do uso de métodos clandestinos. Porém, quando se discute isso, pouco é falado sobre os direitos do feto.       Recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu que o aborto realizado em mulheres com até 12 semanas de gestação deixaria de ser crime. Contrariamente, a teoria concepcionista entende que o feto passa a ter vida a partir do momento do encontro do óvulo com o espermatozoide. Nesse sentido, por mais que o nascituro não possua consciência, ele é dotado de força vital. Um organismo inconfundível com o de sua mãe.       A crise moral por qual o Brasil passa é algo preocupante. Depois das revoluções culturais do século passado, o sexo deixou de ser um tabu. Atualmente, as crianças são expostas a esse tipo de conteúdo sexual muito cedo, o que torna essa prática natural entre os jovens. É aqui que o problema se inicia, pois adolescentes acabam se importando com prazeres momentâneos, sem se preocupar com as consequências e resultados.       É inegável que abortos ocorrem no Brasil, porém legalizar isso seria o mesmo que tratar a doença sem se preocupar com a cura. Logo, em caso de estupro, risco de morte para a mãe ou feto e a anencefalia deveriam ser as únicas hipóteses que permitiriam essa intervenção cirúrgica. Nas demais situações, o caso deve ser analisado com profundidade.       Diante dos argumentos apresentados, conclui-se que o aborto no Brasil é um problema de saúde pública que deve ser analisado sob ângulo de vista da mãe e do feto. Por meio do projeto Não Quero Ser Mãe, os profissionais da área de pré-natal identificarão mulheres que não querem ou não têm condições de ter o filho. Elas passarão por psicólogos que as aconselharão. Também será direcionado uma assistente social para acompanhar o fato, e, em último caso, a criança será deixada para adoção.