Enviada em: 14/12/2017

Um tópico que requer análise urgente e sensata, diz respeito a questão do aborto no Brasil e seus debates. Acerca disso, dois quesitos destacam-se: procedimentos inadequados em clínicas clandestinas, e falhas na abrangência de tal assunto, no que diz respeito políticas públicas.   Em primeiro plano, é válido ressaltar, que a prática do aborto é tipificado como crime no Código Penal, não sendo considerado nas situações em que a mãe está em risco de vida ou se o feto for acefálico,por exemplo. Porém, quando se tem casos de gravidez indesejadas ou precoces, inúmeras mulheres se submetem a busca de clínicas ilegais, que realizam procedimentos móvitos perigosos, que podem acarretar riscos a saúde, como infecções e até óbito. Segundo dados de uma ONG norte-americana, apesar da proibição legal do aborto no Brasil, são realizados por ano mais de um milhão de processos de retirada do feto de modo ilícito.  Concomitante a isso, apesar do Ministério da Saúde, adotar posturas em prol de discussões massificadas, acerca da descriminalização do aborto, e tal problemática como questão de saúde pública, urgem falhas a respeito.O diálogo mais abrangente sobre o procedimento abortivo, ainda é considerado tabu no Brasil, país que ainda é notoriamente conservador, com viés religioso e machista. Logo, a necessidade de campanhas na escola, hospitais e meios televisivos que garanta a discussão mais relevante de tal assunto na sociedade ainda é precária, por falta de políticas que sanem dúvidas relacionadas a métodos contraceptivos e educação sexual.   Em face do exposto de maneira análoga a lei da inércia, enquanto forças educacionais e governamentais não agirem, tais problemáticas se perpetuarão. Logo, o Ministério da Saúde correlacionado ao Poder Legislativo, devem abrir debates em prol da flexibilização ao artigo do Código Penal, atenuando medidas impostas como crime, que acabam garantindo ainda mais, o aumento de mulheres em busca de clínicas clandestinas, devido o medo de serem enquadradas pela justiça. Além disso, o Ministério da saúde juntamente a escolas públicas e privadas, devem aprimorar palestras de cunho informacional para os alunos com o intuito de conhecer, ter contato e sanar dúvidas acerca dos métodos de contracepção como o DIU, a camisinha e aprender a utilizá-los.